A importância da educação  financeira para a Ger é o Z
14/08/15

A importância da educação financeira para a Ger é o Z

noticia_103869Satisfazer necessidades ilimitadas com recursos escassos. Eis o grande objetivo da Cié ncia Econé mica. O ser humano, por sua natureza, é insacié vel. Seus desejos se transformam em necessidades num passe de mé gica. Se temos uma bicicleta, buscamos um motivo para termos uma moto. Compramos a moto e, em pouco tempo, precisamos de um carro popular. Do carro popular, logo queremos um carro esporte, de luxo, e por aé vai.

Mas, infelizmente, na maioria das vezes, não nos organizamos de maneira muito eficiente para conquistarmos o tão sonhado objetivo. Ao invé de poupané a, fazemos financiamentos a longo prazo e acabamos por comprometer nossa renda.

E por que isso acontece? Onde foi que erramos? Trabalhamos mais e mais a cada dia, mas não conseguimos equilibrar nossos oré amentos. Assim, sé nos resta buscarmos a ajuda de terceiros já especialistas da área financeira.

E se come é ssemos a aprender sobre finanças ainda quando crianças? Seré que seria diferente?

Todos nós sabemos que a capacidade de aprendizado de uma criança é bem maior que a de um adulto. Isso porque na infé ncia ainda nos encontramos despidos de preconceitos, vé cios, e ideias pré -concebidas. O que realmente aprendemos quando pequenos nos acompanha durante toda a vida. Já dizem os mais velhos: já é de pequenino que se torce o pepino já .

já Mas, criança mexendo com dinheiro? Dinheiro é coisa e preocupação de adulto. Eles não tem o mínimo de maturidade para isso já . Seré mesmo? Essa meninada é tão já infantil já assim como imaginam boa parte das pessoas? Dinheiro é algo tão perigoso, assim?

Em pleno sé culo XXI existe a convivé ncia entre três gerações bens especé ficas: X, Y e Z. A geração X (nascidos entre 1960 e 1980), também conhecidos como Baby Boomers, chegou é idade madura e descobriu que não é tão simples juntar meio milhé o e ter acesso é tão sonhada casa pré pria, pela qual provavelmente irá pagar até seus 60 anos. O caminho é longo e o pre o é bem alto; é vezes, impagé vel. Para tanto, cresceu imbué da da ideia de ter que fazer uma boa faculdade, de preferé ncia, Medicina, Engenharia ou Direito (seus pais fazem questão desse detalhe) e, com isso, precisam passar em um concurso pé blico a todo custo para terem já estabilidade já . é sua volta os filhos cresce, os pais morre, os sonhos envelhecem e as fé rias exé ticas para a Finlé ndia, Marrocos ou Jamaica nunca são tiradas. Sua prioridade é o trabalho. Entender e conviver com o mundo das finanças, sé depois da maioridade. Mesmo porque, seus pais já prepararam o já terreno já para seu crescimento profissional e familiar. já Se estudarem em uma boa universidade e conseguirem um bom emprego, seu futuro estaré garantido. Palavras de papai e mamé e. As mudanças em termos polé tico e econé mico no período em que nasceram e cresceram eram bastante imprové veis.

A geração Y (nascidos entre 1980 e 1990) cresceu tendo o que muitos de seus pais não tivera, como TV a cabo, videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Se a geração X acompanhou o advento da internet e a tecnologia, a geração Y já nasceu quando as mesmas estavam plenamente desenvolvidas, cresceram e as internalizaram desde pequenos. Seus pais também não acreditam que eles sejam maduros para mexerem com dinheiro. E pior ainda: querem suprir a falta da presené a fé sica (muito trabalho) por facilidades e uma vida melhor do que tiveram. Eles cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo tarefas mé ltiplas. Acostumados a conseguirem o que quere, acabam por não aprender com propriedade o significado da palavra valor. Em todos os sentidos. Mas como a quantidade de informações que chegam até eles é bem maior do que tinham acesso seus pais, também são inquietos. Não se contentam com pouco. Apesar da instabilidade economica que marcou essa dé cada, não se sentem responsé veis e nem mesmo preocupados com as mudanças sofridas no planejamentofamiliar. Afinal, seus desejos são sempre atendidos pelo papai e pela mamé e.

Enfi, chegamos é geração Z (nascidos a partir de 1990). Esses jovens e crianças nasceram no auge da globalização. Não participaram dos principais movimentos polé ticos e econé micos que mexeram com a humanidade. O muro de Berli, a Guerra Fria, a Ditadura Militar, Movimento Diretas Já, inflação de 87% ao mês, impeachament de presidente, são simples fatos históricos que aprendem na escola. Mas, por outro lado, são conscientes do que acontece diariamente no mundo. Sé o extremamente conectados (até demais, é vezes) com a realidade por meio de seus equipamentos eletrônicos de última geração. Sé o jovens com uma inteligé ncia bastante desenvolvida, capazes de entenderem e explicarem um mapa do Google Maps antes mesmo que seus pais abram seus antigos mapas de papel. A economia e a polé tica mudaram consideravelmente a forma de consumo das pessoas nesse peré odo. Produtos e necessidades surgem aos montes todos os dias. Os serviços aparecem como uma op o de negé cio bem renté vel. Acompanhar todo esse movimento requer muito esforé o. Tudo muda do dia para noite. Não existe mais a palavra já estabilidade já . O momento é de mudanças contânuas.

E agora? Seré que essa turma não deve estar preparada para enfrentarem a incerteza do futuro? Vamos continuar acreditando que já dinheiro é coisa de gente grande já ? é hora de revisarmos nossos conceitos de maturidade e responsabilidade.

Quando a criança aprende o que é realmente importante, ela cresce com expectativas coerentes e bastante plausé veis. Dar a ela a oportunidade de controlar o que lhe é oferecido, em termos moneté rios, é ajudé -la a encontrar a segurané a que falta para muitos adultos das gerações X e Y. Mostrar que, quando tudo o que tem é consumido de uma sé vez, fará com que ela tenha que se privar do que gosta posteriormente. Isso lhe ajudaré a crescer. Por outro lado, descobrir que, juntando o troco do lanche da escola daré a ela a chance de adquirir o tão sonhado tablete ou smartphone no final do ano, estimula seu senso de responsabilidade e sua capacidade de sonhar e buscar realizar seus sonhos. E o principal: mostrar a ela que já ser é muito mais importante do que ter já com certeza vai transformé -la em um ser humano muito mais feliz.