23/04/13

Ame a da infl é o deve ser combatida com educação financeira

Muito famoso no passado, o temido dragão da inflação voltou às pautas nos últimos meses e tem causado grande preocupação, tendo como o principal vilão o preço do tomate, com elevação de 122,13% em 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Realmente estamos em um período de alta de preços, mas, é importante reforçar que os índices inflacionários ainda não disparara, muito pelo contrário, isso dificilmente acontecerá, principalmente pelo impacto político que este número tem. Mas, as noticias mostram que este índice não está adormecido, por isso todo cuidado é pouco.

Assim, medidas devem ser tomados para que os aumentos de preços não tenham reflexos diretos no cotidiano. Tendo em mente que os índices já estão menores. Recentemente o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, usada como base para as metas do governo, que apresentou variação de 0,47% março – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%.

Mas como fazer com que a alta dos preços não ocasionem prejuízos e desespero? O primeiro passo é manter a calma. Muitas pessoas lembram o período quando a inflação era monstruosa e por isso já ligaram o sinal de alerta, mas é importante não se desesperare, pois isto só prejudicara a situação, uma corrida às compras para armazenar produtos só ocasionará um cenário no qual a inflação será ainda maior.

A saída é a educação financeira, fazendo com que a pessoa considere o fator inflacionário na hora de seu planejamento financeiro. Tenha em mente que uma inflação na faixa dos 4% ou 5% pode e vai comprometer o seu poder de compra e o desempenho dos seus investimentos se não ocorrerem cuidados. É preciso proteger seu dinheiro, e para isso o principal caminho é definir os sonhos de curto, médio e longo prazo que deseja realizar e investir o dinheiro de acordo com esses, pois, o rendimento anulará a inflação.  

O índice inflacionário não poupa ninguém. Ele pode comprometer os ganhos de qualquer tipo de aplicação financeira. Por isso, vale acompanhar os índices inflacionários. O IPCA é o indicador utilizado na política de metas inflacionárias do governo. No entanto, quando o assunto é finanças pessoais, também é importante acompanhar o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).

O IGP-M é utilizado porque afeta mais diretamente o bolso do consumidor. Esse indicador inflacionário é utilizado, por exemplo, para contratos de aluguel, reajustes de tarifas públicas e planos ou seguros de saúde.  

Sobre a relação da inflação com o consumo, uma idéia bastante comum é a de parcelar compras com prestações fixas. Realmente esta opção é tentadora, mas, pode ter certeza, nos valores das prestações incidirá, por mais que seja dito que a taxa é zero, tenha em mente, nenhuma instituição emprestará dinheiro para você se não tiver nada em troca.

Sobre armazenar produtos, também alerto para um risco. As pessoas passam a armazenar muitas vezes desordenadamente, o que faz com que compre coisas que não são realmente necessárias, em quantidades excessivas e que perdem as validades rapidamente, isso faz com que o desperdício seja muito grande e os prejuízos financeiros maiores ainda. Assim, para armazenar é preciso controle saber o que já tem e o que realmente utiliza.

 Mas, o mais importante neste período é evitar deixar o dinheiro parado, sem aplicações, dinheiro sem direcionamento será rapidamente desvalorizado. Pesquise e veja quais são as linha de aplicação financeira que mais respondem aos seus interesses, sempre lembrando de dividir os sonhos em curto, médio e longo prazos.

Por fi, por mais que as notícias sobre a inflação sejam assustadoras, não se deve entrar em desespero, é muito difícil que retomemos as taxas inflacionárias que tínhamos à 20 anos atrás, assim, mais do que nunca é hora de pensar na educação financeira, pois esta com certeza fará com que os impactos sejam muito menores no seu dia a dia.

Autor: Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e Editora DSOP e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros Terapia Financeira, Eu mereço ter dinheiro!, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país, Apostila de educação financeira para o ensino EJA e Jovem Aprendiz.