13/01/14

Atitudes para mudar sua vida financeira

 Mais um início de ano. Época propícia para autoavaliação, para fazer um balanço da situação financeira, para traçar metas e fazer planos que podem mudar vidas para sempre… Ah, os planos de início do ano! A maioria das pessoas pode procurar e aproveitar as anotações e os planejamentos das últimas viradas de ano, atualizar a data, mudar uma coisinha ou outra, e pronto! Com certeza muitas ideias e planos se repetem há anos. Mas não passam disso. As metas continuam no horizonte e a situação financeira não está muito melhor do que em anos anteriores.

Quem espera o início do ano para mudar de vida, a segunda-feira para iniciar regime, o inverno acabar para começar a cuidar da saúde, a mega-sena, ou o título de capitalização ser sorteado visando ajustar as finanças, demonstra que está estacionado em uma zona de conforto – ou de desconforto, e que dificilmente tomará atitudes firmes a favor de si mesmo. Por mais que acredite nelas. Acaba por acomodar-se, acostuma-se a reclamar por rotina, a aceitar limitações financeiras com as quais não precisaria conviver, geralmente ocasionadas por dívidas e má gestão do orçamento pessoal e está fadado a ser apenas mais um na multidão. A viver e conviver ano após ano com os mesmos problemas financeiros e sem acreditar, de verdade, em melhores perspectivas.

Outros, que ao decidir parar de fumar o fazem ainda com o cigarro na mão, já evitam a próxima tragada e o apaga, que finalizam uma tarefa ainda que o horário do dia tenha esgotado, que ao resolver melhorar suas finanças não esperam a virada do mês ou o próximo salário para começar, e que não deixam para amanhã o que podem começar hoje, que saem de uma zona de conforto em busca de zonas mais confortáveis, que correm atrás de seus objetivos e que não aceitam menos do que o melhor, com certeza estarão em melhor situação financeira a cada ano, e motivados por melhorias constantes conquistadas. Esses estarão sempre prontos para a maioria das oportunidades que a vida oferece. Sobre esses, dirão que têm sorte.

Para bons resultados nas finanças pessoais é preciso atitude, foco e perseverança. E para criar fontes de rendas passivas e colher seus frutos é preciso investir – dinheiro, tempo e conhecimento. Para obter dinheiro é preciso fazer, seja o que for, cada vez melhor, às vezes com mais dedicação, outras com mais inspiração, mas sempre fazer bem feito. Para ter dinheiro para investir é preciso sacrificar parte do consumo, do lazer, horas de sono, finais de semana para estudar, feriados para produzir. Algumas vezes é preciso sacrificar objetivos menores e menos importantes. É com trabalho e qualificação que se gera renda, das sobras e da economia que se faz poupança. E desta que se faz investimentos para acumular patrimônio e gerar fontes de renda. Tirando proveito disso se vive melhor, com mais qualidade.

Leio e escuto bastante que planejar é o mais importante. Discordo. Pelo menos discordo de que seja mais importante planejar do que colocar planos em prática, do que tirar ideias do papel, fazer, realizar, correr atrás. Nas finanças pessoais é a mesma coisa. Há muito tempo adoto como base uma definição na qual a educação financeira visa mexer com posturas e atitudes das pessoas, mais do que ensinar-lhes sobre produtos, serviços ou fórmulas financeiras. Isso porque cada vez mais me convenço de que as pessoas sabem o que querem. Muitas sabe, també, o que é preciso fazer, na essência. Mas poucas o fazem. Pelo menos não com a constância e perseverança necessárias. É preciso transformar desejos em metas, planos em realidade, dinheiro em bem-estar. Sonhos em motivação.

Uma dica de meta para este início de ano: realizar pelo menos a metade do que foi planejado e abandonado nas viradas de ano anteriores. Não é preciso reinventa a roda. Em termos de finanças pessoais, imagine, e se possível calcule ou faça um levantamento, o quanto de juros e multas deixariam de ter sido pagos se as dívidas tivessem realmente sido quitadas e evitadas. Se o consumo tivesse sido consciente e responsável. Se os desperdícios e gastos por impulsos não tivessem acontecido. Quanta energia perdida! Quanto dinheiro poderia estar trabalhando a seu favor, ao invés de você trabalhando para obtê-lo!

Agora imagine se todo esse dinheiro tivesse sido economizado, poupado, investido. Se estivesse à sua disposição para fazer o que quisesse e melhor aproveitar a vida. E se, ao invés de apenas imaginar, você colocar em prática e chegar às próximas viradas de ano com uma situação financeira melhor, mais próxima do que você imagina e merece?

Depende de quem? Vai começar quando?

Feliz Ano Novo!