30/07/13

Bem-estar f sico, mental e financeiro

Qual o papel do dinheiro no nosso bem-estar?

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a definição da saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social. Essa definição já gerou algumas críticas, pois não gera “metas” a serem atingidas. O que para alguns, na mesma sociedade ou local, pode significar o ápice do bem-estar, para outros, pode estar bem longe do ideal. Não tem como medir, criar uma escala assim como temos em um teste de colesterol, por exemplo.

Existe também uma segunda definição, criada pela própria OMS, que pode ser considerada mais “tangível”. ”Na medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente”. Meio confuso?

A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceito positivo.

Bo, vamos tentar traduzir isso aí. Quando falamos de recursos, nós temos os recursos naturais, como a terra, em que podemos plantar e colher alimentos, nossos recursos (nossa saúde e disposição para realizar as tarefas) e o recurso criado pelo home, que se chama “dinheiro”. Segundo o último censo, 84% dos brasileiros vivem em áreas urbanas, o que não deve sobrar muito espaço em seus apartamentos ou casas para se plantar alguma coisa. Só sobra realmente o recurso do dinheiro para satisfazer suas necessidades (algumas básicas, como comer e ter onde morar e outras, como se divertir e simplesmente “gastar”). E assim ter saúde, que é um recurso para a vida diária.

Assim fechamos um ciclo, que seria saúde, dinheiro, nossas metas sociais, saúde, dinheiro…

A falta de dinheiro pode causar um rompimento nesse ciclo. A maneira com a qual lidamos com esse recurso, é de grande importância para o nosso bem-estar. As empresas, através de seus departamentos de recursos humanos, além de se preocupar com a saúde e o ambiente de trabalho o qual seus funcionários passam a maior parte do dia, já começam a se preocupar com a saúde financeira de seus colaboradores. Ter uma “dieta” saudável com o dinheiro é tão importante quanto ter uma boa dieta alimentar (dieta não precisa significar “corte”, mas sim “equilíbrio”).

Muitas pessoas, às vezes, não tem um plano para o seu recurso, que são elas mesmas. Só precisam de sua saúde para levantar, trabalhar, cumprir suas tarefas e pronto. Daí, de repente, o corpo começa a emitir sinais de desgaste, de “falta de uso” de algumas partes. A famosa frase “problema de junta”, que todos dizem na primeira lesão…

Alguma semelhança com o dinheiro, não é mera coincidência… Diria que é difícil formular uma pergunta “a falta de saúde gera a falta de dinheiro”?  Ou “a falta de dinheiro gera a falta de saúde”?

Em nossa sociedade tão ligada ao “social” de cada u, onde cada dia mais as pessoas gostam de usufruir do recurso do dinheiro sem ter esse recurso, através de créditos, financiamentos e parcelas, fica o alerta para parar, refletir, e quem sabe começar uma dieta voltada para o seu bem-estar. Se um dia o recurso do dinheiro faltar, como vai ficar a sua saúde? Será que eu estou trabalhando e me preocupando demais para ter esse recurso? Ou eu poderia gastar menos e ter mais tempo livre, investir em minha saúde e depois procurar ter mais dinheiro? Por quanto tempo será que eu aguento ter a mesma carga de trabalho e preocupações? Vale a pena me matar tanto para sustentar o meu padrão de vida? Ou melhor, eu preciso desse padrão de vida?

 

Obrigado e até a próxima

 

Antonio De Julio – www.antoniodejulio.com.br