10/02/14

Como sair das dívidas em cinco passos: especialista dé a receita

 Segundo informação inédita divulgada pelo Banco Central no último semestre de 2012, 60,9 milhões de pessoas (quase uma em cada três), tem empréstimos de pelo menos R$ 1 mil contraídos em bancos, instituições financeiras ou no cartão de crédito.

Para mostrar que é possível aproveitar as vantagens do crédito em alta e solucionar de uma vez por todas as dívidas acumuladas, conversamos com a consultora de finanças pessoais Christiane Monteiro e separamos cinco passos infalíveis. Confira abaixo.

Reunir as contas
Pode parecer difícil (e até doloroso) juntar todas as faturas e boletos sobre a mesa, com lápis papel e calculadora na mão. Mas para a especialista em finanças Christiane Monteiro, esse é o primeiro passo para a solução das dívidas. “Recomendo que se faça uma planilha com a fonte de cada dívida e o valor correspondente”, afirma ela. É a partir dessa análise detalhada que os próximos passos serão traçados. “As pessoas têm medo de encarar as dívidas, mas elas não vão desaparecer, então, têm que encarar!”, alerta a consultora.

Adotar a ordem de prioridade
Em entrevista anterior ao site do GNT, o consultor financeiro Rogério Olegário do Carmo recomendou que deve-se pagar primeiro as contas que comprometem mais de 10% da renda líquida. Outra dica da especialista Christiane Monteiro é começar pelas dívidas que têm os juros mais altos, como a do cartão de crédito, uma das maiores “dores de cabeça” de quem está devendo. Após esse planejamento, a quitação das dívidas deve continuar por ordem de prioridade, das que mais comprometem o orçamento e o estilo de vida para as mais simples.

Negociar com os credores
Quando a dívida é muito maior do que a renda líquida, a saída é entrar em contato com a instituição credora e propor uma negociação. “O ideal é apresentar quanto se pode pagar por mês e negociar o parcelamento da dívida. Não adianta sair de lá com uma proposta que você não poderá assumir”, alerta Christiane Monteiro. De acordo com a consultora, há casos em que vale mais a pena optar por um empréstimo com juros menores, em uma instituição segura, para quitar à vista uma dívida com juros muito altos. Só não vale, segundo ela, pedir dinheiro emprestado para contrair mais despesas.

Fugir das armadilhas
Muita gente com crédito comprometido na praça vê nas financeiras que dizem não consultar o SPC e a Serasa uma oportunidade de conseguir um empréstimo sem dificuldades. Para a consultora Christiane Monteiro, esse comportamento só atrapalha o processo de solução das dívidas e gera a ilusão do dinheiro fácil. Lembre-se: as contas não desaparecem!

Planejar os gastos
Com as finanças em dia, as dívidas ficam no passado e o bolso agradece. Planejar os gastos futuros, economizar e não confundir o crédito que o banco oferece com a renda real do mês são a saída para evitar que os mesmos erros se repitam. “Recomendo anotar todos os gastos do dia, por exemplo. Com isso você fica sabendo com o que o dinheiro vai embora e não gasta além do que tem”, conclui a consultora de finanças Christiane Monteiro.