09/11/12

Consumidor quer transparé ncia sobre tarifas bancé rias

 Cinco anos depois de padronizar e limitar as tarifas que os bancos podem cobrar, o Banco Central agora está de olho nos valores dos serviços reunidos nos pacotes e disseminados entre os clientes. O chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon, explica que o objetivo é ver se há distorções entre os valores das tarifas divulgados pelos bancos e o cobrado de fato. Os pacotes oferecidos pelas instituições, segundo ele, dificultaram a avaliação do resultado das mudanças promovidas pelo governo. Ele afirma que não é objetivo tabelar ou intervir no mercado, mas de mostrar aos clientes que precisam tratar os bancos como qualquer outro estabelecimento comercial, reclamando se algo não foi satisfatório e denunciando vendas casadas. Odilon alerta, també, para as ofertas na hora da portabilidade.

Antes de 2007, as regras eram muito pontuais. Os bancos eram livres para cobrar as tarifas que quisessem. No site do BC havia mais de 80 tarifas. Era algo impossível de comparar, seja pela quantidade ou porque cada banco chamava o mesmo serviço de nomes diferentes. Não havia padronização. Agora, há. Nos serviços prioritários (90% das operações), o número de tarifas caiu de 80 para 19. São quatro áreas: serviços essenciais, onde não há cobrança ou a cobrança é limitada, como no caso das folhas de cheque; serviços prioritários, o foco da padronização; serviços especiais, aqueles em que outra norma determina que pode haver cobrança, como a tarifa para avaliação de imóvel no crédito imobiliário; e serviços diferenciados, como aluguel de cofre.
O CET (Custo Efetivo Total) é vital para o cliente checar o que é cobrado. Numa operação de crédito, a tarifa é um elemento. Há imposto e outros custos. Isso, traduzido ao ano, dá uma taxa de juro, que é o custo efetivo.