Economistas recomendam guardar dinheiro para enfrentar crise
07/07/15

Economistas recomendam guardar dinheiro para enfrentar crise

size_810_16_9_cartões_de_dé bitoA reserva de dinheiro para emergé ncias é uma op o para enfrentar o momento atual de crise na economia, com o aumento do desemprego e da inflação e, assim, fugir da inadimplé ncia. A avaliação é da economista-chefe do Serviço de Prote é o ao Crédito (SPC) Brasil, Marcela Kawauti.

já As pessoas tem o costume de comprometer toda a renda com as parcelas. Quando vem o desemprego ou algum imprevisto, não tem para onde correr. é preciso antecipar um futuro não muito bom e fazer uma reserva financeira recomenda a economista.

Ela orienta que se faé am cortes no planejamentofamiliar para fazer essa reserva, como reduzir a frequé ncia em restaurantes, por exemplo. já Privilegie as compras é vista. Se não tiver dinheiro, espere dois ou três meses economizando sugere.

Outro passo para evitar a inadimplé ncia, segundo a economista, é trocar dívidas mais caras por mais baratas, como tomar crédito consignado – com taxa média de juros de 26,9% ao ano em abril, segundo o Banco Central -, para pagar o cartão de crédito, hoje com taxa do rotativo em 347,5% ao ano.

já Do mesmo jeito que o consumidor pesquisa os pre os de uma geladeira antes de comprar, precisa pesquisar as taxas de juros mais adequadas destaca a economista. Outra solu o é fazer a portabilidade de crédito, ou seja, levar o empréstimo de um banco para outro que ofere a taxas menores.

Para quem já caiu na lista dos inadimplentes, a solu o, segundo orientação de economistas, é renegociar a dé vida, começando pelas mais caras.

já Se está em uma situação muito difácil, perdeu o emprego, é importante ser proativo na gestão da dé vida. Existe uma maneira de renegociar. Pode parcelar por um período mais longo, negociar desconto de juros. Comece pelas dívidas mais caras como cartão de crédito e cheque especial, senão vira uma bola de neve de um mês para o outro orienta o economista Alexandre Nobre, sé cio da RCB Investimentos, empresa de aquisi o e gestão de carteiras de crédito e recebé veis.

Marcela Kawauti também orienta que o consumidor endividado venda algum be, como o carro, para pagar uma dé vida que esteja fora de controle. “é uma situação provisé ria. Depois, o consumidor pode comprar outro carro”.

Os economistas destacam que os principais fatores que levam é inadimplé ncia atualmente é o desemprego e a alta dos pre os. já A inflação come do bolso do indivé duo diz Nobre. E o desemprego, ressalta, tem atingido principalmente a indé stria, em segmentos como da constru o civil, petré leo e gé e ve culos.

De acordo com os economistas, somente no próximo ano se espera alguma melhora na inadimplé ncia. já Não acho que a inadimplé ncia esteja muito descontrolada, mas hé uma piora gradual diz Nobre. Para o economista, a melhora deve acontecer em meados do primeiro semestre do ano que ve, com a economia se recuperando.

Já para Marcela Kawauti somente no segundo semestre de 2016 a inadimplé ncia deve recuar e a economia vai mostrar sinais positivos. já é como em uma ladeira, você não consegue frear com tudo para poder voltar a subir. A velocidade da queda é forte. Por isso, sé no segundo semestre do ano que vem para ter alguma melhora diz. Poré, a economista acredita que a inadimplé ncia não deve aumentar descontroladamente este ano, porque os bancos estão emprestando menos.

De acordo com o SPC Brasil, mais de 2 milhões de brasileiros entraram para a lista de inadimplentes entre dezembro de 2014 e maio deste ano. No total, o SPC estima que em maio havia cerca de 56,5 milhões inadimplentes.