Educação  financeira e eficaz se come ar aos 11 anos
18/07/16

Educação financeira e eficaz se come ar aos 11 anos

dinheiro

Uma avaliação realizada pelo Banco Mundial no Brasil mostrou que a educação financeira pode trazer bons resultados se os alunos forem ensinados desde cedo. O estudo foi feito com base num projeto piloto aplicado ao longo do ano letivo de 2015, que engajou 427 professores e, por meio deles, 18 mil alunos do ensino fundamental no tema educação financeira.

Para a realização do programa, a Associação de Educação Financeira do Brasil desenvolveu e distribuiu material didé tico-pedagé gico para professores e alunos e promoveu o treinamento de supervisores das unidades regionais e professores para aplicar o conte do em sala de aula.

já Os resultados apontam que o treinamento e o material didé tico inseriram o tema educação financeira em sala de aula de forma adequada e efetiva, e permitiram aos alunos do segundo ciclo do ensino fundamental conquistar conhecimento té cnico sobre o assunto. Além disso, verificamos mudanças em atitudes destes alunos em relação a finanças . Esse resultado apareceu mais fortemente entre os estudantes do primeiro ciclo do ensino fundamental e do 7é ano disse Caio Piza, economista do Banco Mundial.

O estudo do Banco Mundial mostrou que já os alunos do 5é, 7é e 9 é anos do ensino fundamental que tiveram acesso ao programa de educação financeira da AEF-Brasil melhoraram positivamente sua atitude financeira. Alunos do 7é e do 9é ano, por exemplo, ampliaramé seu conhecimento sobre o tema, com aumento no conhecimento por parte destes alunos de cerca de 2% diz Piza. Os conhecimentos também foram dados aos alunos do 3é ano (9 anos), mas os resultados do teste não foram considerados porque as respostas foram dadas pelos pais devido é baixa idade das crianças.

Segundo o economista, o projeto focado em crianças de 6 a 14 anos é uma das poucas experié ncias em nível mundial que mostrou efeito positivo e estatisticamente significativo em proficié ncia em educação financeira. Para a avaliação de impacto, o Banco Mundial analisou o aprendizado e as atitudes em relação a finanças de grupos que participaram do piloto (grupo de tratamento) e de alunos que não tomaram parte do projeto (grupo de controle).

Para analisar o impacto da educação financeira, os estudantes precisavam concordar ou discordar de algumas afirmações. Os alunos do 5é ano (11 anos) e do 7é ano (13 anos) tiveram os maiores progressos. O grupo que recebeu princé pios de educação financeira discordou mais da pergunta já não vejo problema em ficar devendo dinheiro já do que os estudantes do grupo de controle, que recebeu material didé tico tradicional.

O estudo mostrou que os adolescentes do nono ano do ensino fundamental são mais afetados por propagandas que estimulam o consumo do que os estudantes de anos inferiores. No que diz respeito ao percentual de alunos que acham importante guardar dinheiro para enfrentar problemas no futuro, por exemplo, a diferené a entre o grupo de controle e o de tratamento foi a menor encontrada: 38% ante 37%. No quinto ano, a diferené a foi de 47% a 43%, e, no sé timo ano, de 41% a 38%. já Os alunos do nono ano, por serem mais velhos [15 anos], já estão expostos a esse bombardeio diário pré -endividamento, de compras a prazo e cartão de crédito explicou Piza.

A ané lise do Banco Mundial sugeriu ainda que, por conta dos ensinamentos obtidos, os professores envolvidos no projeto piloto (mais de 400, dos quais 60% de Manaus e 40% de Joinville) verificaram melhoras em sua relação com questões financeiras. Na média, 40% de todos os professores avaliam ter melhorado muito quanto a aspectos financeiros e outros 50% indicam ter melhorado em alguns aspectos.

Segundo Claudia Forte, da AEF, já hé uma enxurrada de propaganda do crédito. Esse estudante recebe poucas propagandas sobre a importância de poupar. Sé o muito preocupados com o ter diz ela: já A mudané a de comportamento é nosso objetivo, e não que o aluno aprenda matemática financeira. Queremos que ele instrumentalize a educação financeira no cotidiano já .