18/05/16

Educação financeira para crian as

Ensinar para os filhos o valor das coisas é responsabilidade dos pais, mas se lidar com dinheiro é complicado para adultos, passar esse conhecimento para crianças é uma tarefa bem mais delicada.

De acordo com a especialista em educação financeira infantil, Cé ssia D já Aquino, o momento certo de come ar a ensinar a criança a lidar com as finanças é anunciado pela pré pria, na primeira vez que pede aos pais para lhe comprarem alguma coisa. Isso costuma acontecer por volta dos dois anos e meio, e nesta hora, o pequeno mostra que já percebeu o que é dinheiro, e que o dinheiro já compra já as coisas que ele pode vir a querer.

Para Cé ssia, a melhor base para uma educação financeira eficiente é aquela transmitida por meio de atitudes simples, na rotina do relacionamento entre pais e filhos. Assim que a criança manifestar uma não é o básica em relação a dinheiro, os pais já pode, de maneira gradual, adotar uma postura educativa.

No come o

Quando as crianças ainda são pequenas, na faixa dos três anos, os pais precisam explicar, de maneira muito tânue, que existem coisas que compramos porque já precisamos e coisas que compramos porque já queremos já . Apresentar essas duas possibilidades chama a aten o dos pequenos para a existância de uma diferené a entre elas.

Ao levar o filho a um supermercado ou padaria, um despretensioso comenté rio sobre já como a bolacha está mais cara já ou o já leite está mais barato já também pode ajudar.é A princé pio a criança não vai entender, mas vai come ar a prestar aten o no significado, e mais para frente vai entender que o uso do dinheiro exige racionalidade.

Com essas atitudes, a criança come a a assimilar que existem categorias do tipo já querer e precisar já caro e barato sobre as quais refletimos antes de consumir. Outra dica é apresentar as moedas e depois as cé dulas, mostrar os desenhos, os itens de segurané a, explicar que não se pode rasgar ou molhar.

Semanada e mesada

Apesar de ser um excelente mé todo de educação financeira, os pais que decidem dar mesada devem saber que essa tarefa dé trabalho. Exige o cumprimento de regras e prazos, além de muito sangue-frio.

O objetivo é que a criança consiga distribuir seu dinheiro dentro de um determinado período de tempo, controlando quando e com o que vai gastar. A mesada não pode ser instrumento de premiação por boas notas, status ante os coleguinhas, e muito menos castigo, quando os pais decidem punir a criança suspendendo a entrega por um tempo.

A data de recebimento também deve ser cumprida rigorosamente: os pais devem lembrar que a inten o é fazer com que os filhos aprendam a se organizar sozinhos. Atrasos e alterações na quantia inutilizam todo o processo.

Valores

Quando a criança tem entre seis e dez anos, Cé ssia D já Aquino aconselha que seja dada a semanada, para controlar melhor o dinheiro, e também o impulso de gastar. Neste primeiro momento, a especialista sugere que a criança ganhe um real por ano de vida, por semana. Se o pequeno tem seis anos, recebe seis reais por semana.

A mesada pode ser aplicada a partir dos 11 anos, e o valor deve ser discutido entre os pais. O ideal é que a quantia contemple a necessidade real da criança: o excesso de dinheiro faz com que ela não se sinta obrigada a planejar a distribui o durante o mês.

Se a mesada não cabe no planejamentofamiliar, o melhor é não dar nada. A pouca quantidade também atrapalha a organização da criança durante o mês, além de poder causar constrangimentos. já Fazer de conta que está dando é um engano que sé traz prejué zo a todos os envolvidos avisa D já Aquino.

Poupané a

A poupané a é outro benefício que a institui o da mesada traz para a educação financeira dos pequenos. Ela estimula a criança a encontrar objetivos para esse dinheiro, e ainda ensina como suportar a espera. Até os cinco anos, eles podem fazer já micropoupané as juntando dinheiro por algumas semanas para comprar um brinquedo barato, ou qualquer coisa de baixo valor.

Quando estão um pouco mais velhos, depois dos 11 anos, os pais podem incentivar a poupané a de uma parte da mesada por mês. O mais importante é o está mulo é capacidade de esperar, e é possibilidade de fazer escolhas com o dinheiro guardado.

Por mais difácil que seja para os pais, deixar os filhos livres para gastar o que recebem também é um excelente exercé cio de educação financeira. Depois de já falirem já algumas vezes, vé o aprender que o controle é essencial para quem não quer chegar ao final do mês sem nada. No treino dessas escolhas financeiras é que as crianças vé o poder cometer erros e se arrepender destes erros. Desse modo, ao chegarem é vida adulta, vé o ter mais sabedoria e responsabilidade nas escolhas financeiras.