Endividamento recorde – como pagar as dívidas!
19/06/15

Endividamento recorde – como pagar as dívidas!

sair_dividas-e1408797053249A situação do brasileiro em relação ao dinheiro está bastante preocupante, sendo que dados do Banco do Brasil apontam que o endividamento das famílias em abril chegou a 46,3% da renda acumulada em 12 meses. é o maior percentual para o mês na sé rie histé rica iniciada em janeiro de 2005.

Ocorre que com a crise come a a ter reflexo o crescimento do consumo nos últimos anos, quando boa parte dos brasileiros fez financiamentos, empréstimos, parcelamentos, utilizou cheque especial ou pagou o mínimo do cartão de crédito, ficando exposto aos juros bancé rios, que são exorbitantes. Assim, usar linhas de crédito sem conhecer em detalhes o funcionamento do sistema é uma das faces do comportamento de risco financeiro mais comum na cultura de endividamento.

é importante que os consumidores saibam calcular os impactos de financiamentos (cartão de crédito, cheque especial, financiamento da casa pré pria, do carro, de eletrodomêsticos, entre outros) em seus oré amentos, antes de optar por linhas de crédito, pois, na maioria dos casos, se entra no ciclo do endividamento cuja saé da é muito complexa.

Ciclo do endividamento

é preciso ter em mente que o ciclo do endividamento se constitui de causas como analfabetismo financeiro, consumismo, marketing publicité rio e crédito fácil; de meios já cheque especial, cartão de crédito, crediário, crédito consignado, empréstimos, adiantamentos e antecipação do IR já ; e de efeitos já problemas conjugais, problemas de saúde, desmotivação, baixa autoestima, produtividade reduzida, atrasos e faltas no trabalho.

Em geral, a ciranda financeira segue o seguinte compasso: se a prestação da casa ou do carro não está cabendo no oré amento, a pessoa passa a pagar todas as demais despesas no cartão de crédito, imaginando que, assim, sobraré recurso para pagar suas principais dívidas. Dentro de poucos meses, no entanto, já não conseguiré quitar a fatura do cartão e passaré a pagar a parcela mé nima, até que entre algum recurso extra. Mas isso não acontece e a saé da é recorrer também ao cheque especial. Chega o come o do outro mês e a histé ria se repete.

Quando se dé conta, a pessoa está endividada de todos os lados, correndo o risco de ficar inadimplente e sem linhas de crédito. Hé quem provoque a pré pria demissão para usar os recursos dos direitos trabalhistas para solucionar o problema. Quando percebem que o dinheiro não é suficiente buscam empréstimo. E assim vai até chegar ao fundo do po o.

Caminhos para mudané a

A solu o é fazer um levantamento detalhado de todas as dívidas, priorizando as que possuem bens de valor como garantia e evitar o corte de serviços indispensé veis. Deve-se também priorizar as dívidas que tem as taxas de juros mais altas. Provavelmente será o as dos empréstimos adquiridos junto ao sistema financeiro.

Se assim for, o melhor é procurar o gerente e pedir que re na num mesmo pacote as dívidas de cheque especial, cartão de crédito e demais empréstimos e negociar uma linha de crédito diferente, mais alongada, com juros médios de 2,5%, cuja prestação seja menor do que o valor total dos juros que a pessoa pagava mensalmente. A partir desse acordo com o banco, o devedor estaré pagando não mais apenas os juros, e sim o valor principal, fazendo com que a dé vida seja efetivamente liquidada ao longo do tempo.

Se não houver possibilidade de acordo com a institui o financeira ou se a parcela negociada não couber no oré amento, será melhor poupar para que, quando for procurado pelas empresas de recuperação de crédito contratadas pelos bancos, tenha melhores condié ões de negociar a quitação em valores menores.

Enfi, por mais que acredite que chegou ao fundo do po o, sempre haveré alternativas; para isso, basta ter perseverané a e criar uma estraté gia para reverter a situação. Nunca se esquecendo, é claro, de projetar os sonhos para o futuro.