17/07/14

Estudo aponta dificuldade dos jovens em relação a finanças

 Estudantes na faixa dos 15 anos de idade têm dificuldade de realizar operações simples e cotidianas relativas a finanças, não sabem o que é uma fatura e não conseguem calcular o preço de um quilo de um alimento no supermercado. É o que revela a edição de educação financeira do Programme for International Student Assessment (Pisa), realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O relatório é o primeiro a avaliar os conhecimentos financeiros dos estudantes. Os dados foram extraídos do Pisa 2012 e compila os resultados alcançados por 29 mil jovens em 18 nações. No topo da lista, aparece a província chinesa de Xangai, com 603 pontos, seguida de Bélgica, Estônia, Austrália, Nova Zelândia, República Tcheca e Polônia. A Colômbia, único país da América Latina que entrou na avaliação, teve a pior colocação no ranking: 379 pontos.

O Brasil, que participa da avaliação geral do Pisa, não tomou parte neste levantamento. O País é apenas citado como um dos cerca de 50 que deve implantar uma política nacional de educação financeira nas escolas.

Para a OCDE, o ensino de conceitos de educação financeira no ciclo básico poderia dar ferramentas para cidadãos enfrentarem questões do dia a dia e também turbulências econômicas.

De acordo com a organização, mais de 70% dos estudantes de 15 anos de idade da Austrália, Bélgica, Estônia, França, Nova Zelândia e Eslovênia já possuem conta bancária. O estudo mostra, entretanto, que apenas 10% dos estudantes conseguem resolver problemas financeiros de alta complexidade, como calcular taxas de juros e encontrar a melhor opção de crédito, além de planejar investimentos de longo prazo com base em um amplo panorama econômico.

Os resultados da avaliação não são conclusivos quanto à melhor abordagem para a educação financeira no ambiente escolar. Em Xangai, por exemplo, quase 50% das escolas oferecem o tema no currículo, mas pouco mais de 20% o fazem em uma disciplina separada das demais.

Já a Colômbia, que obteve a pior colocação, também oferece o tema em metade das escolas, mas dessas, quase 40% separam um horário específico para tratar do tema.