O que você precisa saber sobre dinheiro, entre seus 20 e 30 anos, que ningu m lhe ensinou
21/09/16

O que você precisa saber sobre dinheiro, entre seus 20 e 30 anos, que ningu m lhe ensinou

orcamento_domestico-jpgO que você precisa saber sobre dinheiro, entre seus 20 e 30 anos, que ningué m lhe ensinou.

Primeiro, gostaria de justificar o té tulo desse texto. As dicas a seguir valem para pessoas de qualquer idade, com menos ou mais do que esta faixa eté ria, usei essa idade, por dois motivos. 1 – Estou dentro desta idade, logo vivo essa mesma realidade e estou próximo de muitas pessoas desta faixa. 2 já é a idade que exige importantes decisões que poderé o impactar significativamente seu futuro.

E usei o termo dinheiro, porque educação financeira assusta, eu sei. Dinheiro todo mundo gosta, finanças não. Vai entender?

Então vamos lé .

Comecei a estudar sobre dinheiro (ou educação financeira) aos 13 anos de idade, com um livro que marcou a divisão da forma de pensar sobre dinheiro e trabalho. Si, o clássico Pai Rico Pai Pobre, que mesmo já tendo alguns bons aninhos e mudanças da economia, não deixa de ser leitura obrigaté ria.

Depois disso mergulhei de cabe a em centenas de livros, artigos e palestras sobre isso, conheci e trabalhei com os maiores gurus brasileiros do assunto, e agora, escrevo junto a eles, em um dos capítulos de meu livro.

Tem muito a se falar por aqui, vou enumerar os principais pontos, que voltaremos a discutir individualmente ainda, cada um deles.

– Ganhar dinheiro não é pecado: Ao contrário do que você possa ter ouvido quando criança, ganhar dinheiro não é pecado. Quanto mais dinheiro você ganhar, mais pessoas poderé ajudar e mais impostos irá pagar. Desde que o caminho escolhido para isso seja correto. Elimine os bloqueios e pensamentos negativos que você ouviu sobre dinheiro durante sua vida, veja mais em meu texto sobre isso, aqui.

– Dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele traz motivos para infelicidade. Diversos estudos já mostraram que até uma determinada faixa de valor, que depende da regié o /país e seu custo de vida, pode contribuir com sua qualidade de vida e bem estar. No Brasil, este valor deve ficar por volta de até 10mil. Levando em conta que por aqui não podemos contar com grande parte dos serviços pé blicos e por isso precisamos contratar muitos serviços bé sicos, particulares.

Qualquer aumento de renda superior a este valor, mostrou-se irrelevante no aumento da felicidade. Ou seja, mas importante do que a quantidade de valor é estar dentro de seu padrão de vida e renda. Em outros casos, uma pessoa que ganha R$ 500,00 e tem um padrão de vida de R$ 400,00, por exemplo, pode viver muito mais tranquila do que aquela que ganha R$ 2.000,00 e gasta R$ 3.000,00. E isso é muito mais comum do que você imagina.

– Colher demora mais do que você imagina. Ao contrário das histé rias fenomenais que a média nos mostra, de jovens atletas milioné rios, a novos empreendedores milioné rios, do dia para a noite, a estrada, via de regra, é mais longa do que parece. O que não quer dizer que seja impossé vel, e sim que existe tempo para isso. Os velhos cliché de que você precisa primeiro plantar para depois colher e que dinheiro é consequé ncia de um bom e impactante trabalho, é a mais pura realidade. O que você está plantando? Quantas pessoas você está impactando positivamente com seu trabalho? Sua colheita será proporcional a isso.

– Carro: Seré que você precisa ter o melhor carro ou o carro do ano nessa fase da vida? A primeira coisa que a maioria dos jovens (principalmente homens) fazem ao ganhar os primeiros rendimentos é comprar seu carro próprio. E a segunda coisa, ao ganharem um aumento, é trocar de carro e comprar um ainda melhor. Motivo? Status. Té pico para outro texto, não vamos entrar aqui nos motivos que levam a isso e sim a questão financeira. Quais as consequé ncias dessas escolhas?

1 já Financiar e pagar de 2 a 3 carros em poucos anos depois.

2 já Comprometer grande parte de sua renda com parcelas mensais, desproporcionais a sua renda atual.

3 já Mais gastos com seguro, manuten o, ipva e todos os cursos envolvidos.

O que não quer dizer que você não deva comprar um carro. E si, que deve ser (assim como para todas as compras) uma escolha e ané lise racional e não emocional, de acordo com a sua real necessidade e condié ões. E em alguns casos (muitos na verdade), essa compra poderia ser adiada, não fosse o tal do status e cultura brasileira.

– Casa pré pria?

Quem disse que quem casa quer casa? Talvez você ouviu isso desde pequeno, de todos os lados, mas um sinal da falta de educação financeira. Meu é nico conselho é : comece a fazer contas, colocar no papel e ter ané lises racionais, não emocionais ou baseadas em como todo mundo faz ou como algué m falou.

Não existe certo ou errado. Este é tema de grandes polé micas, sempre. O que você precisa, e o que defendo ferozmente em meu livro já O que a escola não nos ensina já é conhecer e entender as opé ões. Você precisa ter conscié ncia do que está fazendo e conhecer as opé ões, se mesmo sabendo e conhecendo, por qualquer que seja o motivo, optar por seguir este ou aquele caminho, tudo bem. Mas, fazer sem conhecimento, ai pode ser um grande perigo.

Alugar, financeiramente (neste momento) é mais interessante do que comprar. Explico porque, em próximos textos. Em resumo, além da alta dos pre os que estamos vivendo hoje, grande quantidade de imé veis disponé veis para alugar (lei da oferta e demanda), o percentual do aluguel sobre o valor do imé vel que em média não passa de 0,5% ao mês (divida o valor do aluguel pelo valor do imé vel), muito abaixo de muitas aplicações financeiras. Sem considerar que: Você vai comprometer grande parte de seu planejamentocom o financiamento, vai pagar alguns imé veis a mais, vai se prender em determinado espaís o fé sico (em uma é poca de incertezas e mudanças), a família pode aumentar muito em breve, e por ai vai…

– Educação Formal: já Educação é melhor investimento, educação rende os melhores juros já . Sou um grande defensor da educação, a questão a ser analisada é as formas de se educar. Educação não é igual a faculdade, pé graduação, ou MBA, apenas. é uma das opé ões, a mais tradicional, mas não a é nica. Neste caso você paga um alto valor agregado para ter tudo prontinho e embalado para você, com um brinde de ter um certificado ao final.

Assim, como em um financiamento, você paga pela incapacidade de poupar sozinho. Novamente, não existe certo ou errado, existem opé ões. E nem sempre a mesma op o é a melhor para todas as pessoas e áreas. Faça a o cé lculo do valor a ser investido, potencial de retorno e analise as opé ões possé veis, antes de se endividar e comprometer grande parte de sua renda. Que, ao contrário do dito popular, nem sempre lhe traré o retorno financeiro proporcional.

– Cartão de Crédito: Não tem nenhum problema com o cartão de crédito, o problema está em muitas pessoas que o usam. Cartão = dinheiro, a é nica diferené a é que seu dinheiro em vez de ficar na carteira, fica na conta de seu banco.

Ou seja, você não pode gastar o que não tem. Uma falsa impressão que aquela op o chamada já crédito já nos dé . A grande maioria paga tudo no crédito e não tem não é o nenhuma de quanto já gastou ou quanto tem disponível para gastar. Resultado é além de gastar mais do que poderia, entrar em uma grande bola de neve, acumular contas, pagar parcela mé nima do cartão, e entrar nos juros estratosfé ricos. Por que é fácil aumentar o limite do cartão de crédito? Porque os juros de quem não consegue pagar no final do mês (grande maioria) é enorme. Quanto mais fácil, mais caro, lé gico não? Não parece.

Uma sugestão, pague sempre no dé bito, além de ter um controle exato de quanto você gasta a cada mês, vai te controlar a gastar o que pode.

– Primeiros trabalhos: Seus primeiros trabalhos não podem ser visando o maior retorno financeiro. O que mais vejo de pessoas desta idade, em início de carreira, ao buscar um emprego é : Qual op o que paga o melhor salário e que menos precise trabalhar? Você deveria pagar para trabalhar nessa idade, trabalhar de graé a, ou por qualquer valor. A escolha não pode ser com esse olhar, e sim qual op o vai me proporcionar maior aprendizado, experié ncia, vivé ncia, contatos e etc.?

– Comprometer grande parte da renda: é difácil ter controle preciso da receita nessa fase da vida, muitas vezes vai ser baixa. Agora, é totalmente possé vel ter controle de suas despesas. O que mais vejo, são jovens de classe média, iniciando a vida, ganhando um pequeno valor, mas querendo sustentar a mesma vida que seus pais, amigos ou conhecidos, que nem sempre é proporcional. O seu padrão de vida, os seus custos devem ser de acordo com sua renda, e não com terceiros. Evite o máximo possé vel contrair custos fixos nesta fase da vida e enquadre seu padrão de vida com 50% de sua renda. A grande maioria, ainda mora com os pais, e com isso tem muito menos custos.

– Assumir riscos: Essa é a melhor idade para você assumir riscos e empreender, ao contrário do que muitos dizem. Aqui você tem muito mais tempo para errar, se recuperar, mudar, perder do que quando estiver com família, filhos, com mais custo fixo e já dentro da corrida dos ratos. Quanto mais tarde come ar, mas difácil será .

– Pare de vender horas: O tempo é o bem mais limitado do ser humano, ao contrário do dinheiro ele é finito. Pessoas trocam o tempo por dinheiro e ao final da vida, usam o dinheiro para comprar tempo. Faz sentido? Acho que não. Quem vende horas, além de estar trocando seu maior be, tem limitações. Seu tempo é escasso, você não pode aumenta-lo. Ok, você pode aumentar o valor do seu tempo, mas mesmo assim ele continuaré dependendo de você. Os maiores bilioné rios listados pela Forbes, construé ram suas fortunas empreendendo. Ou seja, utilizando o tempo e trabalho, també, de outras pessoas. Se quiser considerar esse caminho, vai precisar empreender.

Por último, comece a estudar sobre isso. Todas as pessoas que possuem um trabalho, que eu conhe a pelo menos, são remunerados por dinheiro. Logo, indiferente do seu trabalho, você vai precisar aprender a usar este dinheiro. Não fomos ensinados a isso nas escolas e na grande maioria das famílias tradicionais. Enté o, trate de buscar esse conhecimento, caso não pretenda pertencer a grande parte da população brasileira endividada e com problemas em fun o disso.