25/09/13

Planejamento e essencial na hora de construir

Começar a construção de uma residência do zero não é fácil. Além da localização adequada, é preciso acertar a mão no que se refere à dimensão e estrutura da casa, incluindo instalações hidráulicas e elétricas, de acordo com as necessidades dos futuros moradores. Sem citar a escolha correta dos pisos, iluminação, móveis, revestimentos, decoração e pintura, elementos essenciais à obra. 

 
Neste sentido, a assessoria de um arquiteto pode fazer toda a diferença para o sucesso final do projeto, além de evitar prejuízos e dores de cabeça. Ele é quem dará o norte para os proprietários na escolha de cada item da construção: este ou aquele revestimento? Ambientes integrados ou separados? Que tamanho deve ser o quarto? Quantas tomadas devo ter na cozinha?
 
Sua função é aliar o gosto do morador a suas reais necessidades. Nem sempre o que o cliente quer é o que ele precisa. Portanto, o arquiteto tem de ouvir e entender a família que viverá na residência. Mais do que isso, tem que orientar e criar mecanismos para aliar, no projeto, fatores estéticos, funcionais e econômicos, com aproveitamento ideal dos espaços e viabilização da estrutura. "Primeiramente, temos de saber quanto o cliente quer investir na obra. Depois, apresentamos as ferramentas e melhores sugestões de materiais, mão de obra e demais elementos da construção, passando pela dimensão total da casa e seus ambientes", explica o arquiteto Rafael de Aquino.
 
Segundo o arquiteto, o montante a ser investido na residência é que dará o norte para o projeto da casa, nas dimensões ideias e de acordo com as demandas dos futuros moradores. "O importante é não dar o passo maior que a perna, ou seja, ter os pés no chão e construir dentro do orçamento disponível. Isto, naturalmente, evitará uma série de transtornos futuros, como uma possível interrupção das obras ou gastos excessivos", orienta. "É planejar corretamente, para não haver arrependimentos depois", pontua Aquino.
 
Perfil da família
 
No que tange aos ambientes da casa e suas dimensões, é importante que o arquiteto conheça o perfil dos moradores. Se a família tem forte vocação para receber, por que não investir em uma cozinha integrada à área gourmet? O ambiente, além de funcional, é um agradável convite à convivência e boasvindas. "Tudo depende do cotidiano dos moradores e seus costumes. Se recebe, com frequência, amigos e familiares, é interessante construir uma ampla área de lazer, de preferência com cozinha e ambiente gourmet integrados", diz o arquiteto. "Se for  uma família com muitos filhos, por exemplo, é essencial que existam de dois a três dormitórios na casa. Isso tudo, claro, em sintonia com as condições financeiras dos moradores."
 
Da escolha do terreno ao mobiliário
 
A atuação do arquiteto passa por todas as etapas da obra, da escolha do terreno aos móveis que vão decorar os ambientes. Tendo uma visão ampla do projeto, o profissional tem condições de conduzir a família às decisões mais acertadas. "A vantagem é que o arquiteto, com todo seu conhecimento técnico e de causa, tem uma visão antecipada de cada ambiente, evitando prejuízos e reformulações. Com o planejamento adequado, os moradores se beneficiam na utilização de materiais corretos, consumo controlado e ambiente bem aproveitado. O resultado final é o conforto, a praticidade e menor custo da obra", destaca Aquino, que ainda esclarece alguns mitos. "O arquiteto não impõe sua vontade, mas indica ao cliente o caminho ideal e as escolhas mais acertadas para a satisfação total, ao final da obra", diz.