10/01/13

Transforme as dívidas em investimentos no próximo ano

Renegociar as dívidas pode ser a saída para quem quer entrar com o pé direito em 2013 e começar a investir em três pilares que garantirão estabilidade nas finanças.

Começar o ano com dívidas não é o desejo de ninguém. No entanto, quando não se pode evitá-las, a melhorar maneira pode ser contorná-las. Além disso, após quitá-las, o momento pode ser o ideal para uma reviravolta e conseguir poupar além do imaginado.

Jurandir Sell Macedo, especialista em finanças pessoais do Itaú, dá dicas básicas, após a redução dos juros, para quem quer se livrar da dívida. "Para quem possui problemas com o cartão de crédito ou dívidas em lojas, o melhor a fazer é pegar um empréstimo pessoal ou um consignado com o seu banco, pois as taxas de juros são menores, e quitar as demais. Assim, a parcela por mês será menor e sobrará um pouco de dinheiro", explica.

Agora, se as dívidas se prolongarem e influenciarem no pagamento dos impostos de início de ano, como o IPTU e o IPVA, Macedo aconselha observar quais possuem os menores juros e renegociá-las. Vale lembrar que no caso do IPTU e IPVA há um desconto para quem pagar à vista.

Segundo ele, o maior problema para o endividamento é o consumo desenfreado e gastar mais do que se ganha. "Só pode gastar mais do que se ganha quem tem crédito e crédito é limitado", diz o especialista, completando que o crédito serve para realizar um sonho ou uma emergência.

"Comprar uma casa, um carro ou algo que se queira muito é realizar um sonho. Agora, pegar empréstimo para comprar coisas corriqueiras é se enfiar numa dívida gigantesca, pois os juros vão rolando", diz.

Para conseguir driblar essa situação, Macedo alerta que a pessoa precisa tomar a decisão de mudar e querer isso. Ter um controle orçamentário não é gastar menos, mas sim gastar melhor, tirando o desperdício.

Para isso, o especialista aconselha a pessoa a conhecer bem suas finanças e criar o hábito de anotar todas as suas receitas e despesas em um caderninho ou planilha eletrônica. "O velho hábito de anotar os gastos no caderninho ainda é a melhor forma de controlar, pois no final do mês sabemos qual segmento estamos gastando mais e aonde dá para economizar".

Para quem está com dívidas neste final de ano, o melhor é usar a parcela do 13º para quitá-las. Após isso, o momento é ideal para começar a fazer uma reserva de imprevistos, que deve ser de três a seis vezes os gastos mensais (seis vezes, caso a pessoa seja autônoma). "Isso é a melhor coisa, pois dá tranquilidade".

 

Aposentadoria

Outro passo importante é garantir a aposentadoria e começar a poupar o quanto antes. Macedo apresenta um método que garante a aposentadoria. Para ele, quem tem entre 25 e 40 anos tem que poupar a idade menos 15, ou seja, quem tem 25 anos, terá que guardar 10% do salário.

Aos 35 anos é necessário ter um ano de renda acumulada. Depois dos 40 anos é hora de poupar a idade menos 10, ou seja, para quem tem 42 anos é necessário guardar 32%. A partir dos 50 anos, o ideal é poupar o percentual da idade, ou seja, 50%.

E por último a poupança dos sonhos para poder realizar uma festa ou viage, por exemplo. Na visão de Macedo, poupar demais é errado e de menos também.