02/05/14

Tré dicas para administrar melhor as finanças da casa

 Em 2013, o número de famílias brasileiras endividadas cresceu 7,5%, chegando a marca de 62,5%. Tal crescimento mostra a necessidade de uma atenção extra aos gastos e ao bolso. Para isso, a educação financeira é a melhor forma de aprender a gerenciar as finanças pessoais e da família.

 
 “Sabemos o quanto é difícil quando o filho quer um videogame novo ou a filha pede aquela boneca que só falta faxinar à casa de tão incrível. Mas a verdade é que todos esses gastos, embora importantes para os filhos ou cônjuge, podem colocar em risco a sua saúde financeira”, relata Emanuel Gonçalves da Silva, autor e consultor financeiro da SOS Dívidas.
 
Confira três perguntas e orientações para contribuir com a organização financeira familiar.
 
1) Esse gasto é realmente necessário? É preciso comprar esse presente neste exato momento? Gastar nesse produto? Tomar esses chopes?
 
2) Mas é um gasto único para proveito duradouro? Para cada situação de lazer ou qualquer gasto que você sinta ser necessário para a sua qualidade de vida, pergunte o seguinte: “Esse gasto vai me render 1 minuto de proveito ou um mês?”. Investir, por exemplo, em um pacote de TV a cabo que proporcione vários canais de filmes para sua família pode valer mais a pena do que ir uma única vez a um cinema caro.
 
3) É um hábito barato? Hábitos baratinhos (como comprar esmaltes todo fim de semana na farmácia do bairro ou ter pequenos gastos com lanches diários) podem parecer gastos inofensivos e que não irão prejudicar muitos suas finanças, certo? No entanto, o que caracteriza um hábito é que ele é repetido várias vezes. Então, busque reduzir ou largar hábitos que exijam gastos, mesmo que sejam hábitos baratinhos.
 
 O exercício de se questionar toda vez que for pagar por algo pode ajudar a perceber com que facilidade se está gastando o dinheiro.
 
“Ao examinar o que é realmente necessário e o que pode ser substituído por gastos melhores ou mais duradouros, a pessoa consegue equilibrar seus gastos em relação ao seu salário, diminuindo as chances de sobrar mês no fim do dinheiro”, explica o consultor.
 
Ele também orienta que não existem fórmulas mágicas responsáveis por fazer as dívidas serem quitadas da noite para o dia. Isso porque, segundo ele, a educação financeira familiar auxilia as pessoas a administrar as finanças, redistribuindo seus gastos mensais para não passar necessidade financeira.
 
A educação financeira é como qualquer tipo de educação. Requer estudo, dedicação e prática, para só depois serem notados os resultados. Em outras palavras, Questionar ajuda a administrar as finanças. 
 
“Dedicar-se à educação financeira familiar permite que você saiba quais despesas estão pesando mais do que deviam no seu bolso, o que pode ser cortado, o que é realmente essencial e como equilibrar tudo isso e pagar o mínimo possível no momento em que o salário bater na sua conta”, explica o consultor.
 
“Então, vale dedicar seu tempo livre a estudar e aprender sobre isso!”, completa Emanuel Gonçalves da Silva.