21/07/14

10 coisas que vé o fazer você ficar pobre

 Segue uma lista de pontos de atenção para sua vida financeira. Pode ser que você ache exagero ter que se preocupar com tudo isso, mas minha recomendação é que veja quais pontos está falhando e procure solucionar aos poucos. Se você não der atenção agora, os efeitos negativos podem se acumular durante anos e o problema se tornar muito maior lá na frente.

 
1 – Gastar mais do que ganha: Se você gasta mais do que ganha, com certeza seu custo de vida está sendo mantido através de empréstimos e isso vai virando uma bola de neve, até chegar o ponto de não conseguir mais pagar as contas e viver com o nome sujo. Esse problema começa quando não temos um bom controle de gastos. Quando nos damos conta disso já é tarde demais. Tenha um bom controle das suas despesas e saiba exatamente quanto pode gastar para ficar em equilíbrio com as suas entradas (considerando também uma reserva para emergências, que vamos falar mais abaixo).
 
2 – Não pagar o valor total da fatura do cartão: quando a situação aperta, uma das possibilidades que a pessoa enxerga é não pagar o valor total da fatura, já que pode ser pago o valor mínimo. Não caia nessa armadilha! Pagar o valor mínimo significa “financiar” o restante a juros muito altos, o chamado crédito rotativo. Na próxima fatura virá o valor não pago + juros + valor das novas compras do mês.
 
3 – Pagar juros de empréstimos: o pagamento de juros nada mais é do que o valor pago para utilizar dinheiro dos outros. O dinheiro gasto com juros poderia ser utilizado para comprar um produto ou contratar um serviço, por isso deve ser utilizado somente em situações de emergência ou então para “adiantar” uma compra grande quando não se tem o valor total (ex: carro e casa). Utilizar empréstimo pela simples desorganização financeira sai muito caro!
 
4 – Achar que a casa onde mora ou o carro são investimentos: é muito comum ouvir dizer que “vou trocar de carro” ou “vou comprar minha casa própria porque é um investimento”. Essa é uma confusão muito comum entre o que é investimento e o que é dívida. Gosto da definição do Robert Kiyosaki no livro “Pai Rico, Pai Pobre”: investimento é aquilo que coloca dinheiro no bolso, dívida é aquilo que tira dinheiro do bolso. O carro e a casa que utilizamos, portanto, não são investimentos, pois tiram dinheiro do nosso bolso através do seu custo de aquisição e manutenção. A não ser que você seja dono de uma concessionária ou investidor em imóveis, preocupe-se em formar realmente uma carteira de investimentos.
 
5 – Não acompanhar a inflação: todos nós sofremos com a inflação que é a perda do poder de compra ao longo do tempo. A inflação em um patamar razoável não é rui, pois mostra uma economia saudável. O problema é quando ela fica acima desse patamar razoável. No Brasil, a meta de inflação é 4,5% ao ano (para o índice oficial que é o IPCA), porém nos últimos anos temos acompanhado uma inflação elevada, chegando ao teto da meta que é 6,5% ao ano. Em uma inflação nesse nível é preciso atenção redobrada se nossos rendimentos, seja do salário ou dos investimentos, estão crescendo mais do que a inflação. Se não, significa que estamos perdendo poder de compra! Para quem tem dinheiro na poupança, principalmente, vale o alerta.
 
6 – Não saber o que é a Taxa Selic e CDI: todo país possui uma taxa de juros que representa o quanto o Banco Central está disposto a pagar pelo dinheiro privado. No Brasil, essa taxa se chama Selic. A Selic é a principal arma de controle da inflação e também é a base de cálculo para os investimentos em Renda Fixa. O CDI é outra taxa de juros, formada à partir da taxa Selic, mas para trocas de recursos entre as instituições privadas. Mesmo os rendimentos da Nova Poupança estão atrelados à Taxa Selic e ao CDI. Quem tem dinheiro em qualquer investimento deveria comparar seus rendimentos com estas taxas para saber se o desempenho deles está aceitável ou não.
 
7 – Não saber argumentar com o gerente do banco (ou outros prestadores de serviço do ramo financeiro): quando se trata do nosso dinheiro, precisamos entender as informações que nos são passadas e analisar para saber se estão realmente alinhadas com os nossos interesses. Muitos profissionais são remunerados pelos produtos que vendem e cabe ao cliente saber argumentar se aquele produto é realmente o melhor para ele naquele momento ou não.
8 – Não se preparar para situações inesperadas: todo mundo está sujeito a situações adversas. Problemas VÃO ACONTECER. É impossível uma vida perfeita, sem obstáculos, a questão é quem se prepara para eles. Quem não se prepara, acaba tendo que recorrer às piores soluções (já que são soluções emergenciais e de última hora), muitas vezes envolvendo perdas financeiras ou endividamento. Uma forma de estar preparado é sempre ter uma reserva de emergência e olhar para seguros como uma forma importante de proteção.
 
9 – Não entender a declaração anual do imposto: é muito comum deixar para um terceiro (como um contador) a responsabilidade de preencher a declaração anual do imposto de renda. Embora essa seja uma ótima oportunidade de rever sua situação financeira, muitos nem se preocupam em checar o que foi preenchido em seu nome. Caso caia na malha fina, não é o contador que será responsabilizado, é você! Aproveite a declaração para entender a fundo o que é necessário para preencher todas aquelas informações. Dúvidas vão surgir, mas são boas oportunidades para perceber que tem coisas que você precisa se familiarizar melhor.
 
10 – Não formar uma renda passiva para a aposentadoria: a pior coisa na aposentadoria é ter que depender do governo, de filhos ou algum parente para lhe sustentar. O melhor seria aproveitar a renda gerada por um patrimônio acumulado nos anos de idade ativa, porém são poucos que planejam isso ainda com tempo suficiente para chegar na quantia desejada. Ainda mais com a expectativa de vida crescendo com o avanço da medicina, imagine ter que sobreviver ao invés de realmente poder aproveitar a “melhor idade”. Quanto mais cedo se começa o planejamento de aposentadoria, mais tranquilo é o período de acumulação (sem grandes sacrifícios) e maior é o benefício lá na frente!