A importância da educação  e do planejamento financeiro
27/09/16

A importância da educação e do planejamento financeiro

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Nos últimos artigos venho falando sobre a importância de adotarmos uma filosofia de vida que esteja orientada a um planejamento financeiro adequado. Já foi identificado que ao se praticar, ao se exercitar cotidianamente o planejamento financeiro como instrumento de controle e medi o de nossas vidas pessoal, social e profissional, adquirimos muito mais do que um simples entendimento de como o mecanismo financeiro funciona na prática, e passamos para um nível de conscié ncia que nos torna muito mais cré ticos em nossas tomadas de decisões. E ao adquirir esse nível de conhecimento, automaticamente nos tornamos pessoas melhores, pois podemos agir com maior grau de responsabilidade sobre os nossos próprios atos enquanto consumidores que somos.

Entretanto, também verificamos nos últimos artigos sobre o tema que o planejamento e a educação financeira não são praticados por grande parte da sociedade, seja o cidadão comu, seja a Organização. Diversos paradigmas podem ser enumerados para relacionar essa situação recorrente, como a falta de uma educação básica sobre o tema desde os primeiros anos escolares ou da necessidade de uma menor complexidade e uma maior transparé ncia de informações financeiras nos produtos e serviços financeiros que adquirimos de bancos, instituições financeiras, lojas, etc. Nesses casos, as informações importantes parecem ficar no rodapé dos contratos e/ou nem chegam a ser “colocadas sobre a mesa” com clareza e objetividade pelo concessor. Aqui, verifica-se alto grau de alienação pelo tomador.

As estaté sticas gerais sobre a economia atual de nossa sociedade evidenciam elevados é ndices de inadimplé ncia e endividamento de consumidores. Isso é um efeito clássico devido ao número crescente de desempregados, do aumento das taxas de juros e dos tributos sobre bens e serviços, etc. Como a economia não completa o seu ciclo de forma virtuosa, os impactos, principalmente, nas famílias que tem um planejamentomais “modesto” e são a grande maioria da população, acaba contribuindo para que o efeito da crise seja mais profundo e duradouro. é nessas horas que percebemos a importância de termos uma “poupané a”, não necessariamente uma “conta poupané a” ou uma “reserva contingencial”, mas uma “soma ou quantia suficientes” que sirvam de apoio para momentos de “aperto financeiro”.

E planejar, come a com oré ar nossos ganhos e nossos gastos. Isso é fundamental para adquirirmos controle sobre nós mesmos, ou seja, a “conscié ncia” que nos permite reconhecermos a forma real de como lidamos com o dinheiro. Sem essa conscié ncia, nossos problemas são tratados superficialmente. Mas isto não significa que para se obter tal conscié ncia devamos nos munir de planilhas de controle financeiro complexas ou coisas do tipo. Tais planilhas são, apenas, ferramentas é teis que podem facilitar o alcance de nossos objetivos. Mas, por si sé, elas não representam nada. O primordial é mudarmos nossa mentalidade sobre o dinheiro, ou seja, a forma pela qual o usamos. E hé diversas formas de fazer isso, embora o planejamento exija anotação escrita para que seja passé vel de medi o e controle.

Portanto, a educação financeira passa pela mudané a de mentalidade que impacta diretamente o modo como lidamos com o nosso dinheiro. O planejamento financeiro é uma questão cultural, seja a nível individual ou a nível organizacional. E educação e planejamento financeiros exigem prática recorrente, ou seja, é preciso que o indivé duo e/ou a Organização estejam altamente comprometidos com a ação efetiva dessa, digamos, filosofia. E embora o dinheiro, assim como ocorre com a polé tica, seja um assunto que muitos preferem evitar, não é “racional” nos abstermos dele e ficarmos é margem de suas exigé ncias. E sua maior “exigé ncia”, certamente, é sermos conscientes em seu uso para melhorarmos nossa qualidade de vida, não estritamente no sentido financeiro, mas no sentido de sermos melhores consumidores.